10 diciembre, 2009

Eco

Beco do Mijo, Beco do Fanha, Praça da Harmonia, Ponta do Arsenal, Rua da Praia, Rua da Ladeira, Beco do Leite, Beco do Rosário, Caminho do Meio, Rua Formosa, Rua da Várzea, do Arvoredo, do Comércio. Beco da Casa da Ópera, Rua Clara, Cova da Onça, Rua do Poço ou do Pântano, Rua do Cotovelo, da Ponte, Beco da Garapa, Rua dos Guaranis, Beco do Pedro Mandiga, Rua do Pecados Mortais. Beco Quebra-Costas, Beco do Couto, Rua de Bragança, Rua da Margem, Rua Nova da Olaria, Rua da Alegria, Praça da Matriz, Alto da Bronze, Praça do Portão, Rua da Misericórdia.

Nomes da velha cidade que nossos antepassados souberam construir nesta pequena península do sul do mundo. Ecoam em mim como gritos fantasmagóricos, como o tango dos violinos dos cabarés do Centro, como o ranger das grossas paredes coloniais que a arquitetura neoclássica do começo do século XX pôs abaixo, sem deixar nem triste rastro.

Hoje, continuamos nos dedicando à mesma arte irracional de destruir o passado e a nós mesmos. Nem o hábito de construir beleza sobre as humilhadas ruínas soubemos herdar. Assim seremos nada.
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