18 octubre, 2007

Discutindo o amor.

Agendei uma visita ao psicólogo mais próximo pra ver se eu resolvia, de uma vez por todas, esse meu estranho comportamento em relação às mulheres. É verdade que não era a primeira vez que eu me aproximava de um profissional da área de Freud, mas na primeira ocasião a terapeuta tinha ido parar na minha cama logo no segundo encontro e acabamos não continuando o tratamento.
Consulta marcada, dirijo-me ao consultório, localizado no bairro mais chica-chica-ulelê da cidade. Um segundo - ou dois, não contei direito - antes de entrar na sala do Dr. Penteado (que por ironia do destino é careca) este que vos escreve viu o filme de sua existência afetiva&sexual passar em frente a suas retinas. Lembrei-me de pronto da Claudinha, saudosa, 1,70, cabelos loiros, perfume de flor de jacarandá, voz mansa e que me deu um pé-na-bunda depois depois daquele fim-de-semana na Serra; também recordei-me de Juliana (como poderia esquecer!), grande Jujuba, sempre disposta a tudo e com um formoso sorriso no rosto, além de ter uma bunda de proporções homéricas - que mesmo com aquele tamanho todo não perdia o charme - mas que por algum desmando de seu coraçãozito sapeca me deu um fora depois da viagem pra Tupanciretã que fizemos juntos no carnaval do 94, ah, doída saudade!; mas doeu mesmo quando lembrei-me de Bianca, aquela de olhos verdes e seios de magnólia, pianista e de forte inclinação ao relativismo pós-moderno. Essa senhora, como não poderia ser diferente, acabou pelo telefone aquele que foi o relacionamento mais duradouro de minha vida (acho que durou uns 15, 16 dias), justificando-se aos prantos que gostava muito de mim, demais!, e que não podia se permitir viver tamanho amor sem ter a certeza do correspondimento de seu querer... bonito isso! Só não achei muito legal que ela tenha desligado o telefone na minha cara bem na hora que eu ia explicar-lhe a profundidade e a pureza de meu amor. Nessa ocasião eu soube respeitar a atitude da moça e acreditei em suas razões, e ainda creio que o fim do nosso namoro nada teve a ver com aquele negão com quem ela estava abraçada no shopping dois dias depois do ocaso de nosso relacionamento.
Bueno, após todo esse segundo de lembranças e nostalgias, voltaram-me os sentidos e a razão. Sendo assim, adentrei a sala e me atirei no divã. 40 minutos depois (que me custaram 35 reais pagos no cheque especial) e após toda aquela conversa, Dr. Penteado repassa com os olhos as anotações que fizera em seu bloquinho durante a consulta, e dá seu parecer final:
- Tchê, compra uma boneca inflável e sê feliz.

10 Comentários:

Blogger Eider Cruz disse...

Muito bom de ler.
Não são versos metrificados, mas é uma escrita bem arquitetada.
Cuida pra não errar as vírgulas da próxima vez.

18/10/07 13:57  
Anonymous Anónimo disse...

Felipe:
supongo que es sólo un trozo literario muy bien escrito y con un final muy acorde contigo.
Si fuera verdad que necesitas consultar al sicólogo, la próxima vez, me escribes, y te ahorras unos cuantos reales... si es que confías en una buena señora uruguaya, je, je.
un abrazo

18/10/07 15:14  
Blogger Unknown disse...

cuida pra não pegar a mulher dos amigos da próxima vez, Pepe.

19/10/07 16:23  
Blogger Anna disse...

Ai as alegrias do amor e suas experiências maravilhosas...e no fim tudo vale a pena.

19/10/07 23:59  
Anonymous Anónimo disse...

O Analista de Bagé daria melhor conselho![acho]

=]

23/10/07 17:49  
Blogger Unknown disse...

tsã. mulheres...

mas escreve esse guri. um talento.

24/10/07 00:10  
Anonymous Anónimo disse...

bando de vazada.

24/10/07 13:38  
Blogger Cuevas disse...

não gostei do final mas o tetxo é bom. beijo.

25/10/07 01:49  
Anonymous Anónimo disse...

detesto essa gente que não gosta e vem comentar. não gostou, não gostou, ora. a clara que aprenda a escrever

25/10/07 12:49  
Blogger Unknown disse...

vazo merrmo

25/10/07 22:54  

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