Vozes da América
Nascida na província de Tucumán, noroeste da Argentina, Mercedes desde sempre elegeu o folclore gaucho argentino como principal referência, e ao longo de sua carreira, soube beber magistralmente de outras fontes da cultura musical do continente, do cubano Silvio Rodriguez ao cearense Fagner. Perseguida pela ditadura argentina, era proibida de cantar em seu país. Em 1979, durante uma apresentação na cidade de La Plata, a cantora e todo seu público foram presos. Após esse incidente Mercedes partiu para o exílio, fixando-se em Madri até o fim dos anos de chumbo no país vizinho.
Elis, por sua vez, iniciou sua carreira em Porto Alegre, sua cidade natal. Ainda muito jovem transferiu-se ao Rio de Janeiro, onde entrou em contato com os maiores nomes daquilo que é conhecido como Música Popular Brasileira. Aos poucos conquistou seu espaço no cenário musical da cidade, do país, e por que não, do mundo. Sua impecável afinação e sua emocionada performance no palco, além de seu comportamento impulsivo, conquistaram em definitivo seu grande público.
Diferentemente de Mercedes Sosa - que segue gravando e se apresentando ao fiel público - a cantora brasileira teve uma breve carreira, tragicamente interrompida por sua morte aos 36 anos.
Mas independente da longevidade de seus caminhos, ambas souberam ser eternas através da força revolucionária de suas gargantas. No âmbito da música popular latino-americana, as duas foram grandes porta-vozes das angústias e mazelas do continente, e certamente são uns dos maiores marcos de uma geração que peleando aprendió a cantar.
Que vivan mis clases de Portugués...
Aí está um texto jornalístico! E dizes que não sabes escrevê-los...
Gosto muito dessas duas.
As duas fizeram a diferença... Graças a la vida, que me ha dado tanto!!! lindo, né?
Muito bom esse texto, a comparação entre duas mulheres inconformadas com o status quo e tals!
teu texto tem umas metáforas péssimas pro jornalismo.