24 octubre, 2007

Chegada a hora fatídica do exame psicotécnico, lá estava eu frente a uma folha de papel em branco e com a dura tarefa de desenhar uma "pessoa". Esse foi o termo utilizado pela psicóloga: pessoa. Comecei traçando uma linha na horizontal, que deveria parecer o chão da criatura que estava por nascer. Num desenho habitual eu provavelmente não o faria, mas como eu não queria parecer louco - e sabido da obceção que têm esses profissionais por alguma coisa que defina a existência de um solo em nossos inocentes desenhinhos - risquei a folha de ponta a ponta e prossegui em minha missão. Aos poucos o grafite foi traçando as pernas do ser humano fictício, assim como todo o resto de seu franzino corpo. De repente lá estava a criatura, com forma e tudo! Aí começou o problema. Senti que algo faltava, apesar da "pessoa" já ter recebido seus membros, olhos, orelhas, boca, cabelos e até suas roupas. Sim, faltava alguma coisa! Neste momento um feixe de inspiração me veio à cabeça e consigo, enfim, concluir meu trabalho: na mão direita de minha criação desenhei uma faca suja de sangue, e na mão esquerda uma garrafa de uísque.
Moral da história: fui reprovado no exame, mas não perdi a piada.
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