21 julio, 2006

Direitos Pisoteados

Muito se escreve sobre as crianças de rua e suas penas cotidianas, mas tenho aqui comigo que o momento mais difícil de alguém sem abrigo não é a infância, pois nesta fase ainda não se entende o mundo, e o outro lado - a vida digna, o conforto - é algo abstrato, meio irreal. Sem contar que, apesar de tudo, os guris de rua ainda encontram alguma tolerância da sociedade, quem sabe até um gesto de carinho.
Acontece que - o sistema penintencial querendo ou não - esses niños crescem, e em vez de despertarem caridade, despertam medo. As pouquíssimas portas que ainda tinham abertas se fecham.
E convenhamos, um sistema que tolera crianças na rua não se importará com jovens sem educação alguma, nem se há guris de 14, 15 anos sem meia dúzia de dentes. E o que se vê pelas ruas deste continente que teima em dormir é uma geração sem perpectivas, uma montanha de frustrações e uma trajetória de humilhação.
E pergunto a ti, que estás confortavelmente lendo este texto enquanto hay niños en la calle, o quê fazes pra mudar essa situação?

10 Comentários:

Blogger Flávia disse...

Vc já alterou o idioma do perfil?Eu não sei bem ao certo pq meu template não é padrão do blogger...assim que agente loga tem a opção de alterar o idioma(terceiro link abaixo da foto)...vc já mudou isso?Acho que dá para mudar diretamente no código do modelo tb...mas só essas partes que aparecem escritas no lay...Confudi muito...me diz se vc conseguiu...(antes de salvar as mydanças clica em visualizar para ter certeza de que deu tudo certo ;)

21/7/06 19:35  
Anonymous Anónimo disse...

Olá Felipe,

Então, vc leu também o post q eu fiz sobre o tempo no sul? Dê uma olhada por lá, a estiagem é de fato algo muito estranho por nossas paragens...

21/7/06 22:01  
Anonymous Anónimo disse...

É uma pergunta legal que eu gosto muito de fazer. E me fizeram hoje.

Um homem que sempre pede dinheiro no ponto onde eu pego ônibus pra voltar do trabalho. Sempre mesma roupa, mesmo cabelo, mesma hora (afinal deve ser difícil pra um mendigo ficar mudando de figurino), ele perguntou pra cada um que esperava o ônibus se podia ajudar.
Me perguntou e eu falei que não tinha.
E ele me contestou:

- O que você faz pra ajudar?

A pergunta ficou na cabeça. Fez tón óin óin sabe?
Peguei o ônibus, sentei na janela, fiquei vendo o mundo passar. Pensando na pergunta tão sem resposta.

Mas quem passava mesmo era eu e resto da urbanidade curitibana.

Os mendigos, as crianças de ruas estavam como em câmera lenta.

Pergunta difícil de responder.

24/7/06 20:08  
Blogger Felipe Martini disse...

Alguém mais se arrisca a responder?

1/8/06 16:09  
Blogger Hoffmann disse...

e o que tu fazes?

9/8/06 20:10  
Blogger Felipe Martini disse...

Tu sabes o que eu faço. E eu faço o que eu acredito.

E tu?

12/8/06 14:35  
Blogger Jáder disse...

Te respondi no meu Blog Tche!

15/8/06 18:51  
Blogger Felipe Martini disse...

Verei, gatixa. uahua

16/8/06 23:05  
Anonymous Anónimo disse...

Pois é, Felipe,

Fácil mesmo e muito cômodo é culpar as lideranças políticas. E nós fazemos o quê?

Cassia.

14/4/07 21:42  
Anonymous Anónimo disse...

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18/4/07 23:36  

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