19 febrero, 2008

Meu país poema branco
sagrada heresia de beleza desconcertada
meu país sem país ser
tortamente equilibrado
e embalado por dois oceanos
meu país que fede e que cheira
que chora, que canta, que morre
mas que antes de morrer, vive
rebelde por destino
rebelde sem destino.

12 febrero, 2008

País

Minha casa velha no meio da planície, perdida em estações de frio nebuloso e cercada por dois mares, um doce outro salgado, cidade forjada em guerras e pazes por maos de todas as cores, Minha terra, província, tribo, meu pago de barro de pedra de pão, acossado pelo vento do Sul do Sul, Meu abraço mais forte meu gozo meu choro meu riso meu ventre meu eco meu silêncio gosto quente verde nos lábios do meu sotaque que é bandeira hasteada hasta la muerte, Minha milonga noturna, meus vô tocando tango meu ponto de partida e de chegada e pra sempre.


Já fui jogador de futebol, filósofo, revolucionário, boêmio, poeta, cantor&guitarreiro e até jornalista, mas agora fui promovido a garçon.

E como dizem os portenhos:
si bebés pa' olvidar
pagá antes de tomar.

05 febrero, 2008

Dublin

Não dá pra usar alpargata, o chão tá sempre molhado.
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