Entardecer
Não é por estilo que narro o horizonte sangrado do fim da tarde - céu colorido de infinitos tons laranjas, vermelhos, ocres. A brisa fresca brincando com as flores da nova estação, as luzes dos carros se acendendo como estrelas móveis, o povo na rua - parques, praças, ruas inundadas de pessoas inundadas de vida. O Santana verde, imenso de pedras, eterno tótem da minha cidade, cerro moldado pelo firmamento infinito adornado pela circularmente infinita lua que do espaço tem iluminado as noites de todos os povos em todas as épocas. Crepúsculo porto-alegrense de quase-setembro, pintura que meus olhos não ignoram.