26 noviembre, 2007

clarisse é a véia precisada
que morava no quarto andar
dum prédio antigo
na avenida independência

clarisse, a véia precisada
tinha problemas com o elevador
com a barulho da vizinhança
e com varizes e estrias

14 noviembre, 2007

Carta desde el Sur

Nobilísimo Rey de España
que gusto escuchar más una vez
vuestros sabios mandamentos
acerca
de como
los latinoamericanos

debemos portarnos

Es cierto que no tenemos
por ocasión del destino
la clase tan característica
de los nobles europeos
que a parte de los genocidios
saqueos y hogueras
no pierden la elegancia

Nuestra salvajería mestiza
a veces se traduce
en rebeldías bajas
banderas rojas y guerrilleros

Los 300 años de escuela ibérica
desafortunadamente no fueron
suficientes para civilizar
estos desgraciados rincones

Sin embargo, Majestad
no preocupadvos, pues
el trueno madrileño
tiene la firme solidariedad
de muchos de mis compatriotas
apátridas
siempre presentes
en periódicos y televisores
para defender vuestra, digo
nuestra, cultural occidental

Contad también con otros
ancestrales y fieles
apoyadores de la cruz y de la corona
los generalísimos, füehers y duces
envían su fraternal saludo
a la corte Castellana

Al final de esta sencilla carta
Quedan apenas unas cuantas preguntas
por curioso que soy:

¿Dónde estaba la Corona
y sus fraternales palabras
cuando cayó muerto
el poeta Federico?

¿Dónde se escondieron los discursos
durante las acciones humanísticas
de los Contras en Nicaragua?

¿Dónde puta se mete
la opinión de estos hijos de Castilla y Aragón
mientras se asesinan
los nuevos esclavos del Haiti?

12 noviembre, 2007

Sempre

toda a poesia tecida pelos meus pais
pelos meus irmãos brincando
aos 5 anos
por mim, indo pro colégio aos 6
numa manhã de inverno
e - como tu -
criando nuvens particulares
as paredes antigas contendo
pinturas cobertas
as palavras todas não-pronunciadas
junto às que nem deveriam mesmo ser ditas
a cor das fachadas antigas
o barulho do ferreiro
e do sino
o cheiro do pó-de-sorvete
a névoa do sono sobre mim
em 1992
as paredes deixavam
a luz entrar
em tiras no meu quarto
escuro como nunca mais
lembro da minha boca
declamando poemas de palavras desconhecidas
o sotaque descoberto
as estréias todas
rindo na cara dos ocasos
dos acasos
dos casos
os passeios de bicicleta
e as saudades todas
as mortas e as vivas

liricamente escritas sob a minha pele.

08 noviembre, 2007

te vi da janela
desci a escada correndo
mas tu já tinha ido

07 noviembre, 2007

Ao REUNI, Resistir!

Mais uma vez o Governo Federal despeja um balde de água fria sobre os planos de uma Universidade Pública de qualidade, popular e autônoma. A bomba do momento é o REUNI, o dito Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, criado pelo reitor da Universidade Federal da Bahia.
O projeto, segundo seus defensores, busca dotar o Ensino Superior do país das condições necessárias para a ampliação do acesso e permanência às universidades federais do Brasil. O problema está na maneira como isso será realizado: pretende-se elevar a média de aprovação dos cursos para 90% (nível altíssimo, dificilmente alcançado mesmo nos países desenvolvido), assim como aumentar a relação aluno/professor para 1/18, sendo que hoje essa relação é de 1 para 9 - imagina só, caro fabicano, nossas salas de aula com o dobro do número de alunos que temos atualmente -.
O Governo promete, aos que aderirem ao REUNI, um acréscimo de 20% nas verbas da universidade, no entanto, esse valor não chega nem perto do necessário para o aumento do número de vagas pretendido pelo projeto. Na UFRGS, por exemplo, este aumento seria de mais de 1400 vagas, o que ao fim e ao cabo levaria a um decréscimo de 54% da verba por estudante, segundo o ANDES/SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), maior sindicato da América Latina.
Em nossa universidade a votação do REUNI já ocorreu, no último dia estipulado pelo Governo Lula para a adesão ao programa. O CONSUN - Conselho Universitário - votou, a portas fechadas, pela adesão ao projeto governista no último dia 29.
Diante do assustador espectro de precarização da Universidade Pública ficam as perguntas:
Houve debate em nossas faculdades para que se aderisse ou não ao REUNI?
Tu, aluno, foste informado sobre o projeto?
Estariam nossas universidades entrando no triste caminho de se tornarem cursões técnicos?
Em suma: agora com o REUNI aprovado às escura e com o futuro de incertezas que temos pela frente, O QUÊ FAZER?!
Cremos que a resposta pode ser dada em duas palavras: Organização e Luta.
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