30 mayo, 2006
29 mayo, 2006
23 mayo, 2006
17 mayo, 2006
12 mayo, 2006
A Revolução das Flores
Ontem vi o filme português "Capitães de Abril", que conta a história da Revolução dos Cravos, quando o povo português derrubou o governo fascista continuador da política de Salazar.
Os milicos foram acompanhados pelo povo nas ruas de Lisboa em busca da construção de uma sociedade mais livre. Em grande parte eles tiveram sucesso.
09 mayo, 2006
A terrível ditadura cubana.
Fuzilamentos em Cuba e Beira Mar
Nei Srouleivich, 17 de maio de 2003
(...) A revista Veja da semana passada afirma, numa matéria assinada por Mário Sabino, dedicada a Cuba, que mais parece um editorial, que desde o triunfo da Revolução, em 1959, foram fuziladas 18 mil pessoas. Fidel Castro e sua "tchurma" estão no poder há 43 anos. Se multiplicarmos por 365, é igual a 15.695 dias, ou seja: 1,14 fuzilamentos por dia. Ninguém no mundo ficou sabendo desta carnificina cubana? Somente a bem informada Veja? Essa matéria é um desrespeito e uma manipulação da revista, achando que seu leitor é burro.
Em 1988 a Comissão de Direitos Humanos, com sede em Genebra, deslocou-se para Cuba, por solicitação de Fidel Castro, que havia sido acusado, pelos norte-americanos, de matar e torturar presos comuns e políticos. Conclusão da comissão que passou 30 dias na Ilha: "Não existem presos políticos em Cuba, jamais houve tortura em presos comuns e, desde 1965, não houve um só fuzilamento na Ilha". Os únicos fuzilamentos até aquela data eram dos que foram punidos pelos tribunais Revolucionários, que funcionaram de 1959 a 1965 e que mandou para o paredão 204 torturadores e assassinos, tipo Elias Maluco, que serviam aos fins diabólicos do ditador Fulgêncio Batista.
Em 1989, depois de um julgamento que comoveu a nação, o General Ochoa e o Coronel de La Guardiã foram fuzilados pelo crime de alta traição à Pátria, por estarem auxiliando o narcotráfico e recebendo milhares de dólares das organizações organizadas por Pablo Escobar. Portanto, 24 anos depois dos tribunais revolucionários. E agora, em abril passado, os três terroristas que tentavam seqüestrar um barco com 40 passageiros, inclusive com turistas estrangeiros: 204+2+3= 209, que para 18.000 faltam 17.791 corpos...
É preciso informar sem "parti-pris". A Veja não é mais uma revista para se respeitar. Nossa imprensa tradicional, também, sobre o assunto, é bastante facciosa. Pode-se até recriminar a Ilha, como se fosse uma grande amante, que desperta paixão e ódio. Uns abrem mão de seus defeitos e do seu amor, para que ela seja livre. Outros criticam-na, fechando os olhos, para se satisfazerem e se isolarem do mundo. São como Casablanca e Cidadão Cane. Ou ainda, sonham transformar a Ilha numa Pearl Harbour ou numa Bagdá...
Os que a querem condenar, pelos três recentes e, certamente, definitivos e últimos fuzilamentos de sua história, que o façam; porém, mantendo a imparcialidade de informar com honestidade. Sem mentir jamais.
Nei Srouleivich, 17 de maio de 2003
(...) A revista Veja da semana passada afirma, numa matéria assinada por Mário Sabino, dedicada a Cuba, que mais parece um editorial, que desde o triunfo da Revolução, em 1959, foram fuziladas 18 mil pessoas. Fidel Castro e sua "tchurma" estão no poder há 43 anos. Se multiplicarmos por 365, é igual a 15.695 dias, ou seja: 1,14 fuzilamentos por dia. Ninguém no mundo ficou sabendo desta carnificina cubana? Somente a bem informada Veja? Essa matéria é um desrespeito e uma manipulação da revista, achando que seu leitor é burro.
Em 1988 a Comissão de Direitos Humanos, com sede em Genebra, deslocou-se para Cuba, por solicitação de Fidel Castro, que havia sido acusado, pelos norte-americanos, de matar e torturar presos comuns e políticos. Conclusão da comissão que passou 30 dias na Ilha: "Não existem presos políticos em Cuba, jamais houve tortura em presos comuns e, desde 1965, não houve um só fuzilamento na Ilha". Os únicos fuzilamentos até aquela data eram dos que foram punidos pelos tribunais Revolucionários, que funcionaram de 1959 a 1965 e que mandou para o paredão 204 torturadores e assassinos, tipo Elias Maluco, que serviam aos fins diabólicos do ditador Fulgêncio Batista.
Em 1989, depois de um julgamento que comoveu a nação, o General Ochoa e o Coronel de La Guardiã foram fuzilados pelo crime de alta traição à Pátria, por estarem auxiliando o narcotráfico e recebendo milhares de dólares das organizações organizadas por Pablo Escobar. Portanto, 24 anos depois dos tribunais revolucionários. E agora, em abril passado, os três terroristas que tentavam seqüestrar um barco com 40 passageiros, inclusive com turistas estrangeiros: 204+2+3= 209, que para 18.000 faltam 17.791 corpos...
É preciso informar sem "parti-pris". A Veja não é mais uma revista para se respeitar. Nossa imprensa tradicional, também, sobre o assunto, é bastante facciosa. Pode-se até recriminar a Ilha, como se fosse uma grande amante, que desperta paixão e ódio. Uns abrem mão de seus defeitos e do seu amor, para que ela seja livre. Outros criticam-na, fechando os olhos, para se satisfazerem e se isolarem do mundo. São como Casablanca e Cidadão Cane. Ou ainda, sonham transformar a Ilha numa Pearl Harbour ou numa Bagdá...
Os que a querem condenar, pelos três recentes e, certamente, definitivos e últimos fuzilamentos de sua história, que o façam; porém, mantendo a imparcialidade de informar com honestidade. Sem mentir jamais.
05 mayo, 2006
Indícios de soberania na Bolívia
Não posso deixar de destacar esse assunto que estampa os principais jornais do país. A grande e a pequena burguesia corporativa se unem frente a um indício de soberania da nossa vizinha, a Bolívia. Para a classe média deslumbrada, que se levanta contra a "sacanagem" do presidente Evo Morales, o problema nem está tanto no ato de soberania boliviana, mas no fato de que o país imperialista explorador é o nosso, que, por meio da estatal Petrobrás, saqueia gás natural daquele povo miserável para sustentar o Brasil.
Como escreveu sarcasticamente Juremir Machado, em um ótimo artigo sobre o fato, "cada país tem o imperialismo que merece, o da Bolívia é o brasileiro". Para se ter uma idéia da exploração, o Brasil juntamente com outras três multinacionais européias ( Repsol, British Gás e Total), absorve 82% dessa riqueza importante que é o gás natural. Sobra para os bolivianos, os imensos 18% do que é seu. E a direita brasileira, assim como a neo-esquerda lulista, acham um absurdo que o indígena Evo Morales tenha cometido tamanha desfaçatez. Onde já se viu, um presidente de uma "republiqueta" da "América Latrina", se levantar contra multinacionais? Dar ao povo o que é do povo? Convenhamos, é uma grande deselegância para com o imperialismo.
O Brasil investiu, desde 1994, US$ 1,5 bilhão nas ações da Petrobrás não prevendo que um dia aquela "republiqueta de indíos burros" pudesse se dar um pingo de dignidade. E quem imaginaria? Nem o mais otimista dos utópicos, nem o mais pessimista dos liberais. O fato é que foi um indígena que retomou a idéia de soberania do país, onde a miséria assola 70% de sua população. Parece que terão de ressucitar os grandes cowboys ianques para dar um jeito nessa indiada.
E para tranqüilizar os inquilinos, Morales salientou que as empresas terão 180 dias para se adaptar às novas regras e suas devidas indenizações. O fornecimento de gás natural, que abastece cerca de 50% do Brasil, também continuará normal. De acordo com o projeto haverá uma inversão passando o governo boliviano a controlar maior parte da produção de gás e petróleo sendo que, as empresas exploradoras, terão de pagar 82% em royalties para os cofres da Yacimientos Petroliferos Fiscales Bolivianos (YPFB). O governo brasileiro tem esperanças que nesse tempo de adaptação Morales ceda às pressões políticas voltando atrás e firmando novos contratos regulatórios, o que não deverá acontecer.
Então qual o problema afinal? Vamos parar de alimentar esse terrorismo imposto pelas grandes corporações brasileiras e multinacionais e vamos olhar lá na Bolívia, o carnaval fora de época que o povo está fazendo nas ruas com esse indício de dignidade. E atenção deslumbrados governistas pretensos líderes do terceiro mundo: Respeitem esse ato de soberania, pois caso contrário, mais tarde – se tivermos um presidente con cojones - , também usarão isso contra nós.
Diego Rosinha,
jornalista, carta parcialmente publicada no Jornal do Comércio, dia 03 de maio. Contato: diego.rosinha@gmail.com
Como escreveu sarcasticamente Juremir Machado, em um ótimo artigo sobre o fato, "cada país tem o imperialismo que merece, o da Bolívia é o brasileiro". Para se ter uma idéia da exploração, o Brasil juntamente com outras três multinacionais européias ( Repsol, British Gás e Total), absorve 82% dessa riqueza importante que é o gás natural. Sobra para os bolivianos, os imensos 18% do que é seu. E a direita brasileira, assim como a neo-esquerda lulista, acham um absurdo que o indígena Evo Morales tenha cometido tamanha desfaçatez. Onde já se viu, um presidente de uma "republiqueta" da "América Latrina", se levantar contra multinacionais? Dar ao povo o que é do povo? Convenhamos, é uma grande deselegância para com o imperialismo.
O Brasil investiu, desde 1994, US$ 1,5 bilhão nas ações da Petrobrás não prevendo que um dia aquela "republiqueta de indíos burros" pudesse se dar um pingo de dignidade. E quem imaginaria? Nem o mais otimista dos utópicos, nem o mais pessimista dos liberais. O fato é que foi um indígena que retomou a idéia de soberania do país, onde a miséria assola 70% de sua população. Parece que terão de ressucitar os grandes cowboys ianques para dar um jeito nessa indiada.
E para tranqüilizar os inquilinos, Morales salientou que as empresas terão 180 dias para se adaptar às novas regras e suas devidas indenizações. O fornecimento de gás natural, que abastece cerca de 50% do Brasil, também continuará normal. De acordo com o projeto haverá uma inversão passando o governo boliviano a controlar maior parte da produção de gás e petróleo sendo que, as empresas exploradoras, terão de pagar 82% em royalties para os cofres da Yacimientos Petroliferos Fiscales Bolivianos (YPFB). O governo brasileiro tem esperanças que nesse tempo de adaptação Morales ceda às pressões políticas voltando atrás e firmando novos contratos regulatórios, o que não deverá acontecer.
Então qual o problema afinal? Vamos parar de alimentar esse terrorismo imposto pelas grandes corporações brasileiras e multinacionais e vamos olhar lá na Bolívia, o carnaval fora de época que o povo está fazendo nas ruas com esse indício de dignidade. E atenção deslumbrados governistas pretensos líderes do terceiro mundo: Respeitem esse ato de soberania, pois caso contrário, mais tarde – se tivermos um presidente con cojones - , também usarão isso contra nós.
Diego Rosinha,
jornalista, carta parcialmente publicada no Jornal do Comércio, dia 03 de maio. Contato: diego.rosinha@gmail.com
02 mayo, 2006
01 mayo, 2006
Buenos Aires...te extraño!
Lembranças da Marcha:
NO QUISIERON
No quisieron lavarse;
no quisieron callarse;
nos tomaron los cuerpos
y así vuelven de entre los muertos.
No pudimos taparlos,
ni en cajones dejarlos;
ya no había lugares
para esconder suciedades.
Traen perfume de tiempo .
como su testamento
van mostrando su antojo
buscan la ausencia de nuestros ojos.
Sienten nuestro abandono
esa mueca sin tono
vienen desde horas viejas
roca y galope en la queja.
Una llama en el hielo
como agua en desierto
son una voz de aliento
mano abierta, convencimiento.
Son desgarro y deseo
son dolores de invierno
pedacitos de cielo
adjetivos del misterio.
Y salieron de improviso a la ciudad
flores grises, despintadas, sin edad.
Son los hijos que criamos, ahí están
sin abrigo, sin caricias y sin pan.
Ellos vuelven.
Cansados, gastados
pero ellos vuelven.
Confiados, probados,
así ellos vuelven
Caminan la historia
y siempre vuelven.
Siempre vuelven.