Apenas algumas quadras me separavam do cais. Havia vento frio, mantas, cabelos castanhos, sol e algumas coisas mais que não enriqueceriam esta simplória narrativa. Caminhava eu observando o contraste entre as folhas secas e o piso da calçada. Não creio que pensasse em algo transferível ao mundo da linguagem (limitações lingüísticas et cetera, sabe?). Mesmo assim ela se aproximou e puxou assunto:
- Hola, muchacho, estás perdido?
- No, no, gracias... Sólo camino nomá.
- Estranjero?
- No mucho.
- Pero... de dónde sos?
- Del Sur, chica, como vos.
- Me gusta la gente sin rumbo cierto.
- A mí me encanta, pero...
- Sí?
- No tenés miedo de hablar con extraños?
- Bueh, me pareciste como un niño. No tengo miedo de niños.
- Ah...
- Y te gustó la ciudad?
- Me encantó.
- Hmm... y qué hacés por aquí?
- Tomo mate. Diariamente. Sin Azúcar.
- Espirituoso... que bien!Gracias.