25 febrero, 2007

Tentativa

Intento dejar las ventanas del alma abiertas y quitar la tristeza, los piensamientos viejos y los olvidos.
Intento tirar lejos la indiferencia, la distancia, la impotencia y las noches de tedio.
Intento juntar los amigos, los discos, los recuerdos, los buenos olores y sabores y poner todo a mi alcance.
Intento traer solamente las verdades, los días frescos de sol y los besos.
Intento.

17 febrero, 2007

Gamezán Vencido

Conto Montevideano

Em Montevidéu conheci uma inglesinha que vivia há quatro meses em Buenos Aires. Simpática a moça. E bela. E dona dum acento portenho inconfundível e também de várias libras esterlinas. Ela aceitou o convite e comeu em nossa mesa. Só tomamos cerveja (sim, a pequena-burguesia latino-americana não deve se dar ao luxo de jantar em Ciudad Vieja, pois é preciso definir prioridades, e as nossas são traduzidas em garrafas de 1 litro). Saímos dali e fomos pro cassino. Eles jogavam, nós conversávamos, Como hablás bien, Ay, vos también, Cómo aprendiste?, Entonces conociste Patagonia?, Que bien, Salta todavía no...
Charla vai, charla vem, Tengo que irme, mañana viajo tempranito, Ah, que pena. A acompanhamos até o hotel, aquele a apenas alguns passos do General Artigas de bronze, Bueno, mucho gusto conocerte, Mucho Gusto, Buenas noches, Buenas noches.
Nunca mais nos veremos. Nevermore, my dear english girl.

15 febrero, 2007

Poemeto da Desilusão

Apenas
Há penas

14 febrero, 2007

Sina

A palavra rara me persegue rota rude rasgada negada e repetitiva. A prosa tática típica teatral transtornada e transformada segue sua sina. Retrocedo perco o nexo erro o passo piso no pudor meço o pulso peco peço e traço. Mas no fim com o teu não ou com o teu sim sei que faço tudo isso só pra te ter como um nanquim.

Campereando

É preciso sujeitar a palavra, viejo. Hay que botar o xergão, a carona, o pelego, a cincha, os aperos e se largar campo afora com ela. Só quando se embuçala os pensamentos é que se pode chegar um pouco más longe nessa lida braba que é viver. Despacito se doma o tédio e a solidão e se sai louco de faceiro muntado na poesia. Porque quem não vê o lirismo da vida é pealado por ela.

Primera Escena

Apenas algumas quadras me separavam do cais. Havia vento frio, mantas, cabelos castanhos, sol e algumas coisas mais que não enriqueceriam esta simplória narrativa. Caminhava eu observando o contraste entre as folhas secas e o piso da calçada. Não creio que pensasse em algo transferível ao mundo da linguagem (limitações lingüísticas et cetera, sabe?). Mesmo assim ela se aproximou e puxou assunto:

- Hola, muchacho, estás perdido?
- No, no, gracias... Sólo camino nomá.
- Estranjero?
- No mucho.
- Pero... de dónde sos?
- Del Sur, chica, como vos.
- Me gusta la gente sin rumbo cierto.
- A mí me encanta, pero...
- Sí?
- No tenés miedo de hablar con extraños?
- Bueh, me pareciste como un niño. No tengo miedo de niños.
- Ah...
- Y te gustó la ciudad?
- Me encantó.
- Hmm... y qué hacés por aquí?
- Tomo mate. Diariamente. Sin Azúcar.
- Espirituoso... que bien!Gracias.

08 febrero, 2007

Noticiário

Os índios da América Morena morrem de fome
o povo quer ser burguesia
a burguesia quer ser inglesa.
Só sei que liberdade não há quem tome
e que é mais que comida sobre a mesa.
Cadê aquela gente que peleava, amava e fazia?

Billete

La verdad es que extraño tu voz y tu sonrisa. Todavía no me he olvidado de tus ojos verdes ni de tu boca ni de tu perfume. Traigo en mi piel tu saliva y tus pelos. Sigamos así, que el olvido no hay, tampoco hay ganas de volver en el tiempo. Lo que hay es un poco de añoranza no más.

Querer

Quero um começo sem fim
prá nós, prá ti, prá mim
além do bom ou ruim
mais ou menos assim:

03 febrero, 2007

Desde la playa...

Às vezes dá vontade de apertar o gatilho
às vezes eu queria fazer um filho
Uma mulher quase sempre me faz bem
mas às vezes a solidão convém
Há vezes que o melhor é ter uma bomba
noutras o que serve é uma pomba

02 febrero, 2007

Sobre o tapete roxo...

Sobre la alfombra morada mojada de sudor nuestros pies nuestras rodillas nuestras manos ocupadas nuestras penas olvidadas. Sobre la mesa del comedor comimos tesoros placeres quehaceres sabores olores sin temores rencores receos ni despojo; sólo antojo.

01 febrero, 2007

Dá no mesmo!

Que te importa a morte a má sorte o corte na carne alheia. Tu tem tudo que quer não te importa o pretinho ranhento nem a velha torta na porta da igreja. Que assim seja. Prá ti tá tudo bem o único que te afeta é estar sem ninguém sem dar uma trepada ou com a roupa amassada. Meu amigo teu abrigo prato principal e sobremesa é viver como um animal tua vidinha burguesa.
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