Gostaria de dizer-lhes que muito do pouco que evolui nos últimos tempos se deve a vocês. Sei que boa parte da minha fortuna é a vossa amizade. Sei também que a minha presença em suas vidas muito provavelmente não representa tanto pra vocês, mas isso já não me importa.

Queria escrever algo poeticamente agradável, mas minha ignorância literária me impede.

Viva a monogamia das putas!

Viva o amor daquelas que se deitam com qualquer um que lhes pague, mas só pensam nele...

Começou mais uma Feira! 52 anos de Feira do Livro de Porto Alegre!

A feira dos Jacarandás! Do petit-pavet avermelhado! Da pipoca doce!

A segunda maior feira de livros ao ar livre do mundo! ...perdemos apenas pra de Madri.

Alguns das oficinas que ocorrerão em função da Feira, as que pretendo participar, pelo menos:

Haicai: dia 31/10, às 18 horas.

Mini e microcontos: dia 10/11, às 16 horas, e dias 11 e 11 às 18 horas.

Poesia de vanguarda/experimental: dias 7 e 8 de novembro, às 18 horas!

Tradução literária: 6, 7 e 10 de novembro às 14h30min.

As oficinas são grátis, mas é preciso se inscrever no balcão de informações na praça.

Todas elas serão apresentadas no Centro Cultural Erico Verissimo(na Rua da Praia!).

Fica o convite...

Pensamento do dia:

"Se jacarés tivessem asas ninguém dormiria de janelas abertas."

Piensamiento del día:

"Si yacarés tuviesen alas nadie dormiría con las ventanas abiertas."

Antiga Confeitaria Rocco, construída entre os anos de 1910 e 1912 a mando do confeiteiro italiano radicado em Porto Alegre Nicolau Rocco, que antes viveu e aprendeu o ofício no El Molino da cidade de Buenos Aires. Era frequentado pela alta sociedade, líderes políticos e intelectuais de Porto Alegre. Acaba de ser recuperado para abrigar a mostra de decoração Casa Cor RS 2006.

Este edifício está na esquina das ruas Riachuelo(antiga Rua do Cotovelo) e Dr. Flores, em frente a Praça Conde de Porto Alegre(antiga Praça do Portão, velho limite da cidade).

fonte

Segundo Turno

Alckmin: privatizações, corrupção, repressão violenta aos movimentos sociais, Opus Dei. Direita.
Apoios: Garotinho, Antonio Carlos Magalhães e outras ilustradas figuras da República.
Coligação: PFL, PSDB... Sem comentários.

Lula: algumas privatizações, corrupção, traição de classe, movimentos sociais atados esperando uma guinada à Esquerda(faz-me rir). Centro.
Apoios: Jáder Barbalho, Fernando Collor de Mello, José Alencar...
Coligação: PT, PCdoB e PL... Comunistas e liberais juntos.

Dúvida cruel: Lula ou Anula? Peleia de facão no escuro, como diz o outro(que outro?).

Yeda: privatizações, privatizações, privatizações. Pacto pelo Rio Grande. Sem mais comentários. Direita esclerosada.

Olívio: Galo Missioneiro(está bem, está bem, isso é só uma análise meramente passional, amigos). UERGS. Maior mínimo do país. Fórum Social Mundial. Mãs... Também assinou o Pacto "pelo" Rio Grande. A favor das PPP's made in Banco Mundial. Total apoio ao Governo Lula. Esquerda esclerosada.

Os camaradas que me perdoem, mas neste caso não tenho pudor em votar no Galo. Melhor que uma tucana paulista, como disse o inspiradíssimo cartunista Santiago.

A inquietação que me resta é a seguinte: seria incoerência anular o voto por falta de opção ao governo federal sendo que aqui no Estado votarei no candidato do PT?

Meros comentários, críticas destrutivas, sugestões e cartas perfumadas são bem-vindos.

Abracci.

El gato quedóse

un rato

mirando a su cachorro.

PS: Este lío de palabras es un homenaje a los visitantes hispanohablantes del blog. Cuidado con los falsos amigos de la traducción al portugués, jejeje.

Delicated flowers
floating with the wind
spring perfume

você está tão longe
que às vezes penso
que nem existo

nem fale em amor
que amor é isto

Paulo Leminski,
poeta, poliglota, comunista, curitibano...

- Ando sentimentalmente tão monogâmico...

- É?

- Sim.

- Puto!!!

"Sigan ustedes sabiendo que, mucho más temprano do que tarde, de nuevo se abrirán las grandes alamendas por donde pase el hombre libre, para construir una sociedad mejor."

Allende, 11 de septiembre de 1973.

Más una vez estes hijos de Neruda están en las calles de Chile.

Latinoamérica, presente!

Ahora y siempre!

A música riograndense, ao meu ver, possui um grande potencial desperdiçado. Mesmo que sejamos o único Estado que possui sua própria "música popular", a MPG, os inúmeros ritmos que a cultura gaúcha nos lega - vaneras, milongas, chamamés, chacareras, xotes, rancheiras - passam muitas vezes longe do músico urbano. Enquanto isso a música tradicional permanece numa imensa mesmice que dá nos nervos. Os quase 50 festivais nativistas espalhados pelo Rio Grande do Sul pouco somam à cultura popular, e mesmo os mais importantes, como a Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana, o Canto a Martin Fierro, de Livramento, o Americanto, de Santa Rosa, acabam sempre com um repertório repetitivo.
No entanto, em meio a essa grande calmaria alguns valorosos músicos estão aí para soprar as velas da cultura regional. Gostaria de destacar dois deles: o pelotense Vitor Ramil e o uruguaianense Pirisca Grecco. Como diz no encarte de um dos CD's do Pirisca, esses homens conocen como pocos campo y ciudad. Suas músicas buscam ser o dialogo entre a pampa e a cidade. Entre os costumes autóctones e os sentimentos universais. Algo parecido já foi feito com bom gosto e certo sucesso por Kleiton e Kledir Ramil, aliás, irmãos do Vitor. Mas o Rio Grande do Sul não pode ficar parado na década de 80, nas milongas do Fogaça(então comunista!) tocadas com guitarras elétricas. Agora o Fogaça apóia a Yeda, a Ditadura Militar acabou, e não precisamos mais concorrer com a Lambada. Só com o funk carioca e o pop made in USA... Mas voltando às honrosas exceções: Vitor, sabemos, não é nenhuma revelação do momento, desde a tenra idade já se aventura nos caminhos da música. "Estrela, Estrela", por exemplo, foi composta por ele aos 15 anos. E hoje, lá pelos 40, já entrou inclusive no terreno da literatura, com sua brilhante "Estética do Frio", em que disseca a tão conturbada identidade riograndense. Nos últimos tempos tem se aprofundado nas milongas do campeiro alegretense João da Cunha Vargas(nome representativo, não?) e nas do não menos milongueiro Jorge Luís Borges. O resultado é formidável. E mais: segue ideologicamente coerente...ainda que isso seja algo difícil em tempos de PT neoliberal e desertos verdes. Grecco, lá pelos 35 anos, por outro lado, não é conhecido nem mesmo dentro do Estado fora do circuito nativista. Mas suas composições e interpretações - onde há lugar tanto pra bombos legüeros quanto pra guitarras semi-acústicas - são de ótimo gosto. Novas, regionais, fortes. Cantando os sentimentos humanos com sotaque da Fronteira.
Enfim, indico àqueles que se interessam pela cultura do Estado mais meridional do Brasil o trabalho desses dois filhos do pago.

Todavía procuro
unos brazos, unos labios,
un pelo, una charla, unas risas,
unas manos, una lengua, un olor,
unas tardes laaargas,
una cara que sienta lo mismo que yo.

Todavía busco
unos brazos, unos labios,
un pelo...

Neste domingo ocorrerá a eleição presidencial na pequena República do Equador. O candidato melhor colocado de acordo com as pesquisas é o esquerdista Rafael Correa, bem alinhado a Hugo Chávez e Evo Morales, seguido pelo latifundiário e magnata das plantações de banana(sim, banana!) Álvaro Noboa, que se apresenta como enviado de Deus e possui uma fortuna de 1 bilhão de dólares. Conseguida com muito trabalho, é claro.

Correa provavelmente será eleito no segundo turno, já que sua vantagem de 7 pontos percentuais não lhe garante uma vitória imediata. Uma de suas propostas é a convocação imediata de uma Assembléia Constituinte. Os respeitosos senhores brancos de Quito devem estar com as pernitas bambas.

Durante seus discursos de campanha, o canditado tirava o cinto de sua calça(correa, em castelhano) e dê-lhe cintaço no palanque para demonstrar o que fará, metafóricamente(eu acho), com a elite equatoriana caso vença o pleito. Esses é dos meus! Rá, rá, rá!

"As patas de seus cavalos, suas armas e seus peitos iam empurrando as linhas divisórias do Continente. Queremos as grandes planícies do oeste e as ricas campinas do sul! A fronteira marchava com eles. Eles eram a fronteira."

Erico Verissimo.

Onde estão hoje esses belicosos filhos do Rio Grande?

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"Las patas de sus caballos, sus armas y sus pechos iban empurrando las líneas divisorias del Continente. ¡Queremos las grandes llanuras del oeste y los ricos campos del sur! La frontera marchaba con ellos. Ellos eran la frontera."

Erico Verissimo.

Dónde están hoy eses belicosos hijos del Rio Grande?

E nesse dia, 39 anos depois do momento em que encontraste a morte no coração da América do Sul, é a ti que canto, meu irmão guerrilheiro.

Porque não te compraste, nem te vendeste. Porque não te vestiste de palhaço. Porque tu falaste a língua do teu povo.

Latinoamericano como poucos.

Comunista como poucos.

Homem como poucos.

Como bom gaúcho que eras, peleaste!

E teus braços hoje somos nós.

Que a guitarra americana siga peleando!

Caríssimos amigos,

Como sou um bon vivant e disponho de largos períodos ociosos nos meus dias estou me dedicando a algo que seja ao menos um pouco produtivo: a língua italiana. Encontrei um sítio que divide o estudo do idioma em 40 lições e de uma forma bem simples. O curso está apresentado em castelhano. Caso alguém se interesse(rá, rá!) por essa belíssima língua aí está o endereço.

Baci a tutti!

Bueno, bueno, bueno. O quê escrever a essa hora da noite? Meus leitores imaginários estão ávidos por novos textos. A dúvida resiste impávida. Esta postagem corre risco de sofrer uma defenestração. Momentos de tensão. Música terrível do chuveiro ao fundo(vocês sabem qual, até porque são leitores imaginários e concordam com tudo que escrevo). Tã, tã, tã!
O quê vai suceder? Profetas eunucos anunciam o vagaroso himeneu que dar-se-á entre as forças ocultas do Palhaço, digo, do Palácio, do Planalto. Tenho os dedos hirtos de pouco uso, mas isso é irrisório, é verdade, se comparado às outras penas hodiernas.

Rou, Rou, Rou!


Tudo isso significa: EU PRECISO DE UMA MULHER.

Beijosmeliguem.